O universo da agricultura familiar no Brasil é extremamente heterogêneo e inclui,
desde famílias muito pobres até famílias com grande dotação de recursos. Embora a
utilização da categoria “agricultura familiar” seja útil e desejável para fins de formulação
de política, é preciso tratá-los como diferentes entre si no que diz respeito à geração e
difusão de tecnologias. As perguntas relevantes são: que especificidades devem ser levadas
em conta para a promoção da inovação nos ambientes econômicos nos quais se inserem os
diversos tipos de agricultura familiar? Como ampliar a efetividade do esforço tecnológico
voltado às realidades da agricultura familiar? As questões relacionadas ao grau de
especialização e inserção ao mercado são cruciais. Um conjunto de fatores de natureza
diversa, desde condições macroeconômicas e especificação das tecnologias, até
características particulares dos agricultores familiares, parece explicar as dificuldades
enfrentadas por esse segmento para ampliar sua base tecnológica no mesmo ritmo registrado
para a agricultura em geral. É desejável combinar instrumentos segundo as diferentes
configurações sociais, condicionantes sócio-econômicos da região, qualidade da terra,
características dos produtores, etc. Romper com a lógica de modelos fechados de políticas
públicas e desenhar políticas abertas, flexíveis e adaptáveis às particularidades e demandas das comunidades.
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